Guilin, muito mais do que ponto de partida para Yangshuo – Tem criança na viagem
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Guilin, muito mais do que ponto de partida para Yangshuo
28/06/2017
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Pesquise sobre Guilin, na província de Guanxi, na China, e você vai encontrar diversas referências sobre as atrações turísticas em seu entorno. 

 

Como na maior parte das cidades chinesas, o trânsito é intenso

 

Isso pesou bastante para a gente quando definimos conhecer esta região maravilhosa, repleta de natureza exuberante e montanhas incríveis.

Entretanto, a pesquisa sobre a cidade em si nos deixava um pouco confusos sobre o que encontraríamos por lá, já que muita gente falava mal. E o fato é que curtimos muito – tanto que pensávamos em ficar duas noites e acabamos ficando cinco!

 

Que tal a vista, hein?

 

Guilin é uma “pequena” cidade de 4,8 milhões de habitantes divididos em 11 distritos. Só que a área urbana tem cerca de 500 mil moradores. Talvez por isso tenhamos tido a sensação de que era mesmo uma cidade tranquila, muito limpa e arborizada. Isso se destaca muito por lá: cada quadra parece ter sido pensada por um paisagista, então é uma profusão de cores, luzes e obras surpreendentes… É limpa, segura, eficiente. Até o Rio Li, que corta a cidade, é limpo! 

As calçadas em sua maioria são largas e planas, o que é ótimo para caminhadas com crianças ou para carrinhos de bebê. Os obstáculos ficam mesmo por conta do trânsito, sempre complicado quando se fala na China. Entretanto, as belezas da cidade e até uma certa tranquilidade nas áreas mais turísticas deixam o passeio encantador.

 

Turismo

 

Falamos sobre Yangshuo no título deste texto porque é, na cidade vizinha, que estão as grandes paisagens naturais, e é de Guilin que partem os passeios para a cidadezinha localizada a 70 quilômetros de distância. Aliás, vale a pena destacar: fizemos o trajeto entre as duas cidades de ônibus, e todo o caminho está em obras. A China está em permanente reconstrução. Yangshuo é pauta para outro texto! 

Voltando a Guilin: apesar de existirem diversos tours guiados, dá para curtir a cidade numa boa sem gastar muito. O importante é definir onde gastar, e nós, como estávamos numa trip de três meses de duração, queríamos gastar o menos possível. 

 

Uma das ruas para pedestres escondidas em Guilin

 

Pensando nisso, não fizemos todos os passeios considerados obrigatórios por lá. Acreditamos que não fizeram falta. Entre eles, o passeio de barco até Yangshuo pelo Rio Li (como também ficaríamos hospedados nesta cidadezinha não tinha porque gastar o dinheiro em um barco…); a visita ao Seven Star Park (a maioria dos blogueiros não curte o passeio. Além disso, para a visitar a grande atração do parque – os pandas – é preciso pagar outro ingresso. E os animais não parecem estar felizes presos lá…); a Reed Flute Cave (lindíssima, porém já havíamos visitado outras cavernas ao longo da viagem e nos pareceu um passeio caro…) e o Riyue Shuangta Cultural Park, onde estão as famosas pagodas do Sol e da Lua.

Em viagens a gente gosta de caminhar e “sentir” a cidade. É bom para conhecer os hábitos locais, a curtir o passeio com mais calma, a descobrir os tesouros que só caminhando são possíveis de encontrar, além de fazer bem para a saúde e para o bolso. Então, ficar bem localizado é fundamental.

 

Fora dos roteiros turísticos, rua com restaurantes tradicionais só pode ser descoberta a pé

 

Perto de onde a gente ficou hospedado – na verdade em um raio de três quilômetros – estava a maioria das atrações da cidade. Então, em no máximo uma hora de caminhada tranquila, especialmente por causa da Sara, alcançávamos qualquer lugar. Em geral os hostels têm mapas detalhados sobre como chegar nos pontos turísticos, então, além do celular, garantíamos as informações em chinês, para casos de necessidade, com o material do hostel.

Como viajamos com a Sara, uma de nossas principais preocupações é sempre a comida. E neste sentido, apesar de estarmos na China e de a Sara ser complicada para comer, não passamos dificuldades. 

 

5 lugares para conhecer em Guilin – de graça

 

1 – O muro:

A cidade de 2.300 anos cresceu dentro e em torno de um muro de cerca de dez metros de largura, que a protegia no passado contra invasores. A gente ficou em um hostel (Ming Palace International Youth Hostel) a cem metros desta muralha, perto do calçadão e de uma rua revitalizada como se fosse antiga, dedicada à alimentação. Tinha de tudo: de crepes de Nutella a carne de jacaré; de batata assada a outras carnes que não fazemos ideia da origem. Tudo bem limpo e organizado. Fomos ali várias vezes, e a Sara curtia muito provar algumas das comidas menos estranhas (tá certo: o que ela gostou mesmo foi o crepe com chocolate, uma massinha de panqueca assada e umas batatinhas assadas na manteiga… rsrsrs)

 

O muro ainda corta a cidade de 2.300 anos

 

Muro foi revitalizado em alguns pontos

 

2 – O mirante:

No final desta área, já perto do Rio Li, uma construção em estilo chinês domina a paisagem. É um prédio novo, aberto à visitação, com vista de 360 graus. Está no meio de um bairro que parece estar sendo todo reformado (veja a foto da vista do nosso quarto…).

 

A foto está borrada, mas dá para se ter uma noção legal da beleza do mirante, né? rsrsrs

 

A vista da janela de nosso quarto, no hostel: um bairro inteiro sendo revitalizado

 

3 – O Rio Li:

Como já dissemos, é limpo e muito bonito. Durante o dia há quem ainda lave roupas em suas águas. No amanhecer, moradores se reúnem ao lado de caixas de som e dançam coreografias relaxantes, como se estivessem em um baile imaginário – olha que legal esse tiozinho curtindo o som! 🙂 À tardinha e à noite, porém, a iluminação transforma suas imediações em colírio para os olhos, dando cores diversas a montanhas de pedra calcária, pontes e margens.

 

Rio limpo e pontes iluminadas: caminhada à noite à margem do Rio Li é passeio obrigatório

 

Até as pontes recebem iluminação especial

 

O pessoal se puxa para deixar tudo mais lindo…

 

As embarcações de madeira, ocupadas por um único pescador, levam curiosos passageiros: pássaros cormorões (ou biguás), parceiros seculares de pesca. Eles esperam pacientemente a chegada de um cardume. Quando os peixes se aproximam, o pescador balança o barco e o cormorão entra na água, trazendo o peixe no bico. A ave, treinada desde pequena com um anel no pescoço que lhe impedia de engolir o pescado, agora adulta sabe que, ao final do trabalho, terá sua recompensa: um peixe fresquinho.

 

A pesca tradicional com o cormorão tem séculos de existência

 

4 – O Riyue Shuangta Cultural Park:

Optamos por não pagar para conhecer o interior das principais atrações do parque, as pagodas – construções de cunho religioso existentes em toda a Ásia – do Sol e da Lua. Ao ver as fotos você irá entender o porquê: a vista é mais linda de fora!

Elas estão no interior do Shanhu Lake, que pode ser acessado por diversos pontos. Lembra que falamos que cada quadra parece ter um paisagista? Pois é certo que o entorno deste lago foi obra de um… Há pontos lindos para fotografar as construções, e todo o entorno conta com um calçadão e pontos de observação muito bem cuidados e seguros. De dia as torres são bonitas, mas à noite, com a iluminação e o entorno cênico, ganham outra vida e ficam ainda mais surpreendentes.

 

O paisagismo no entorno do lago: cada detalhe é pensado para deixar o cenário ainda mais bonito

 

A torre dourada representa o sol, e é mais alta do que sua irmã menor, a lua, prateada. A Pagoda da Lua tem sete andares e formato octogonal. A do Sol é mais estreita e tem 41 metros de altura, sendo considerada a mais alta do planeta construída em cobre.

 

A vista do lado de fora das pagodas: inesquecível. e de graça.

 

5 – A Zhengyang Pedestrian Street:

É um calçadão de pedestres onde só o que passa, além de pedestres, são as onipresentes motos elétricas. A rua, enorme, “ferve”. Lá você encontra de tudo para comer – de comidas tradicionalíssimas a redes americanas de fastfood – e para comprar. Ah, há também os karaokês, adorados pelos chineses. Lá encontramos OSTRAS baratíssimas – o equivalente a cerca de R$ 5 uma porção com quatro unidades. Uma pechincha no país que é o principal produtor de ostras do mundo! 

 

Ostras temperadas com uma crostinha de alho e regadas ao molho de pimenta. Quem quer?

 

Mas Guilin, como já falamos, tem outras atrações. De lá partem passeios para a Elephant Trunk Hill (à margem do rio, uma montanha com formato que lembra um elefante…); para a Reed Flute Cave e para Longji Rice Terraces – os famosos terraços de arroz, localizados a duas horas de distância e que visitamos em uma excursão com guia chinês. A experiência contamos em outro post… 

 

Ficou curioso para saber mais sobre a China?

Fizemos um “inimigo” por lá por causa de um café!!!

Como fazer visto para a China? Acessa aqui.

 O dia em que encaramos “O Buraco”

 


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