Ah, Veneza… A cada piscar de olhos parece que estamos mirando uma pintura! Essa, sem dúvida, é uma das cidades mais charmosas da Europa.
Mas chega de suspirar e vamos ao que interessa: é legal ir a Veneza com criança? Bom, depende do perfil da criança. Confira alguns pontos a considerar se você está pensando em levar seu filho junto.
Veneza fica sobre um arquipélago com 117 ilhas separadas por canais e ligadas por pontes. O maior deles é o Grande Canal, que corta a cidade de ponta a ponta. É como se fosse uma grande avenida sobre a água. Então, boa parte dos deslocamentos é feita de barco, o que vai exigir habilidade da família para entrar e sair desse meio de transporte.
Tem de tudo pelos canais: táxi, transporte público, descarga de produtos para abastecimento de hotéis, casas e restaurantes, ronda da polícia, ambulância etc.
Esta é uma cidade sem tráfego de carros – pelo menos na parte mais turística. Por terra, quase todo deslocamento é feito a pé, com escadas pelo caminho. Então, fica difícil circular com carrinho de bebê por lá.
Em geral, não há grades ou qualquer outro tipo de proteção entre as calçadas e o Grande Canal. Qualquer passeio pela margem exige cuidado redobrado dos pais, para que a criança não caia na água. O mesmo vale para os prédios que estão, literalmente, dentro d’água. É muito comum construções com portas, janelas e escadas que dão de frente para os canais.
É uma delícia caminhar por Veneza e se perder por suas ruelas. Desde que seu filho não esteja perdido sozinho, né? Não é uma tarefa muito simples se localizar na cidade. O acesso a alguns pontos é um verdadeiro labirinto. Se o seu pimpolho é mais ativo, você vai ter que colar nele.
Em Veneza, os hotéis estão instalados em construções centenárias. Nós, por exemplo, ficamos num prédio de 800 anos que havia servido de palácio. Não tinha elevador. Ficamos num quarto no terceiro andar e com acesso por escadas bem íngremes. Algo perigoso quando se está com criança, sem contar a dificuldade para subir e descer com as bagagens.
Não tem como ir a Veneza e não fazer o clássico passeio de gôndola. Há inúmeras atracadas à beira do Grande Canal. É só chegar e negociar com o gondoleiro o valor, o tempo do passeio e número de pessoas que serão transportadas. Em geral, tentam fechar pequenos grupos de seis pessoas.
É muito bacana ver a cidade de outro ângulo e conhecer um pouco mais sobre sua cultura e história pela narrativa do gondoleiro. Os caras são profissionais. Para se tornar um, é preciso licença e treinamento. As gôndolas costumam ser bem confortáveis. Quando fomos, em abril de 2013, a Sara tinha um ano e sete meses e ficou tranquilona, tomando sua mamadeira, enquanto nos deslumbrávamos com a paisagem.
À beira do Grande Canal estão instalados restaurantes que são experts em acolher o turista num clima super romântico. E tudo bem se for um jantarzinho romântico a três (ou quatro ou cinco…). Afinal, vocês estarão em Veneza! Algumas mesas ficam embaixo de toldos, com vasos de flores pendurados, que emolduram e deixam ainda mais encantadora a vista para o canal. No frio, aquecedores de ambiente externo contribuem para deixar a temperatura bastante agradável.
É um dos cartões postais de Veneza. Foi a primeira ponte construída para atravessar o Grande Canal. Inicialmente era de madeira. No século XVI foi substituída por uma de pedra, porém, mantendo seu estilo arquitetônico. Junto dela funciona um pequeno centro comercial, com lojas e barracas.
A Praça de São Marcos concentra no seu entorno um conjunto de pontos turísticos e históricos da cidade. Entre eles, a Basílica de São Marcos e o Campanário – torre que abriga os sinos da basílica e tem 98,6 metros de altura. Lá do alto é possível ter uma vista de 360 graus da cidade. Os pimpolhos adoram a praça, porque é um espaço calçado onde podem se divertir correndo atrás das pombas.
Pois bem… Apresentamos aqui um pouco do nosso olhar sobre Veneza. Com ou sem criança, o certo é que esta viagem tem tudo para ser inesquecível!