Doze dias, seis mil quilômetros, três países, dois veículos, sete adultos e uma criança. Esta foi a aventura da técnica em radiologia Janaína Manfroi e do filho, Nicolas, 11 anos, de Porto Alegre, que foram em um grupo de primos até o Deserto do Atacama, no Chile – o lugar mais seco da terra. A galera botou o pé na estrada em janeiro deste ano (2017).
Foi a primeira viagem do Nicolas para o exterior e também uma grande aventura, pois fomos de carro. Trinta e seis exaustivas horas de viagem – porém a paisagem vale a pena.
Para sairmos do Brasil, como o pai do dele não foi junto, foi necessário ter o formulário de autorização de viagem internacional autenticado em cartório e com carimbo da Polícia Federal brasileira.
Quando estávamos na aduana do Chile, a cerca de 3.900 metros de altitude, o Nicolas ficou nauseado, mas logo adaptou-se. Chegando em San Pedro de Atacama, onde ficamos hospedados, fomos recebidos pela galera da Casa Sorbac – uma agência de viagens com passeios diferenciados e exclusivos.
A escolha da agência foi importante, pois a galera da Sorbac fala português, o que facilitou na comunicação, principalmente com crianças. Eles ficaram bem atentos em relação à aclimatação do Nicolas, pois em alguns passeios a altitude podia causar mal estar.
Ao todo foram seis dias de passeio – três deles em altitude acima de quatro mil metros. Em uma das noites acampamos no meio do caminho para nos adaptamos melhor ao próximo passeio. Fizemos até mesmo uma fogueira, pois, devido à altitude, fazia muito frio.
Neste dia conhecemos os Geysers del Tatio, muito interessantes por serem um campo geotérmico de origem vulcânica onde a água e o vapor brotam violentamente das profundezas da terra. O Nicolas ficou impressionado com a água quente que brotava do chão, e queria até fazer chimarrão.
A região é conhecida por ser o deserto mais seco do mundo, por isso é importante cuidar muito da hidratação dos pequenos – bem como a proteção solar. Muita água e chapéu são essenciais. A alimentação na maioria das vezes estava inclusa nos passeios e a equipe da Sorbac teve um cuidado todo especial também com isso por ter criança na viagem.
Quando voltávamos mais cedo dos passeios íamos ao centrinho jantar. Como a culinária era um pouco diferenciada, preferimos não arriscar muito e comer o mais básico possível.
É um destino inesquecível e mágico, especialmente para uma criança de 11 anos. Um lugar mais lindo que o outro e um baita aprendizado para a vida desse pequeno.
Quer ver um vídeo incrível desta road trip? Dá um play aqui.