Eita cidade bonita de passear, sô! Adoramos Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, assim como gostamos do estado inteiro. Gente querida, lugares lindos, comida deliciosa, e aquele jeitinho mineiro de quem gosta de ver a vida passar com calma e tranquilidade.
Claaaro que nem tudo é “calma e tranquilidade” em uma viagem com crianças. Ainda mais numa das principais capitais do país. Mas com boa vontade e pão de queijo sempre se dá um jeito.
Visitamos BH em maio de 2015, quando também conhecemos Ouro Preto e Tiradentes. E fizemos o circuito turístico usual pelos principais pontos da capital.
Em uma avaliação mais breve, nossas principais impressões foram: cidade bem cuidada, limpa e segura. Claro que andamos em áreas mais turísticas durante o dia, sem nos misturar em muvucas ou transitar em áreas de criminalidade mais alta. Mas caminhamos bastante com a Sara e ficamos bem tranquilos em todos os momentos.
Como qualquer capital, Belo Horizonte é uma cidade cheia de coisas para fazer. Parques, museus, igrejas e arquitetura são os principais alvos dos turistas em uma cidade que tem, como símbolo, uma das obras de Oscar Niemeyer – a igreja de São Francisco de Assis.
É pelo complexo arquitetônico da Pampulha que começamos as nossas dicas.
É incrível conhecer estes ícones da arquitetura do país, projetados em 1940 por Oscar Niemeyer, a pedido do então prefeito Juscelino Kubitscheck. No entorno da lagoa da Pampulha – um lago artificial – diversas atrações, que dividem espaço com jardins projetados por Burle Marx, enchem os olhos dos visitantes.
O projeto mais conhecido é a igreja de São Francisco de Assis, que tem arquitetura de Niemeyer e pinturas de Cândido Portinari.
O que nos chamou a atenção foi a situação no entorno da igreja. Muita sujeira, lixo e jardins mal cuidados. Para um local que está entre os mais famosos do país, achamos desleixado.
Mas se o exterior deixa a desejar, o interior não decepciona. Pinturas lindas, azulejos de uma beleza ímpar em um espaço de paz ajudam a deixar a primeira impressão ruim do lado de fora.
Projetada por um ateu (Niemeyer) e com linhas totalmente fora dos padrões da época, ela só foi ter sua primeira celebração somente depois de 15 anos pronta. O ingresso ali custa R$ 3.
O complexo, que é Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, ainda conta outros quatro construções: a Casa do Baile, cuja obra parece uma continuidade da lagoa; o Museu de Arte da Pampulha (entrada gratuita), que já funcionou como cassino e tem em seu acervo obras de Portinari, Di Cavalcanti, Guignard e outros artistas; o Iate Clube de Belo Horizonte, que conta com salões de festas e convenções, além de um salão com um painel de Portinari; e a casa de Kubitschek, que foi erguida para ser a residência de final de semana do prefeito e hoje é uma “casa museu” (entrada gratuita).
Como era de se esperar, a Sara adorou correr pelos amplos espaços e ver o pessoal pescando na lagoa!
Zoológicos são sempre opções legais para distrair os pequenos. E o de Belo Horizonte, que fica perto do Complexo da Pampulha, não é diferente. Tem um aquário com 50 espécies diferentes de peixes do Rio São Francisco, mais de 200 espécies de animais de um borboletário com mais de dois mil insetos.
O site do zoo é este. O parque funciona de terça a domingos, e também aos feriados, das 8h às 17h – entrada permitida até uma hora antes do fechamento.
Chegamos em Belo Horizonte e fomos conhecer a Praça da Liberdade, esse lugar lindo, bonito e bem cuidado. Localizada na Savassi, um dos bairros mais conhecidos da capital, a praça tem jardins inspirados nos do Palácio de Versalhes. Muitas das construções a seu redor são do século 19, mas há também outros ícones, como o Edifício Niemeyer, projetado pelo próprio.
Em seu entorno estão centros culturais como o Memorial Minas Gerais – Vale, o Museu das Minas e do Metal, a Biblioteca Pública, o Centro Cultural Banco do Brasil e o Palácio da Liberdade, que já foi sede do governo mineiro.
Uma das atrações mais interessantes da região e, apesar de ser um museu, é legal também para as crianças. Com exposições e atrações interativas, apresenta história e ciência em um prédio cor de rosa que já abrigou a Secretaria de Educação.
O Chão de Estrelas é interesse puro para adultos e crianças – com lunetas espalhadas por uma sala revelando a riqueza de nosso solo -, assim como a Sala das Minas, onde um elevador leva o visitante às profundezas da Mina de Morro Velho.
Atenção: o museu só abre ao meio-dia!
Ali pertinho da praça tem outra atração muito legal: o Planetário, no Espaço Conhecimento UFMG. São 65 lugares em uma sala com exibição de 180º x 360º. O domo tem nove metros de diâmetro.
Ali estão as melhores vistas da cidade de Belo Horizonte. Espaço legal para a criançada gastar as energias, também. A praça ficou conhecida por este apelido depois de o Papa João Paulo II visitá-la, em 1980. Perto dali fica a Rua do Amendoim, onde, incrivelmente, carros desligados e sem o freio de mão sobem a ladeira ao invés de descê-la!
Quer saber mais sobre Minas Gerais?
Neste post falamos sobre Ouro Preto! E, neste outro, sobre Tiradentes.