A médica Cristiane Pimentel Hernandes, junto com o namorado – o advogado Cleverson Guerra Junior – levou as filhas Clara (8 anos) e Helena (6 anos) para um paraíso chamado Fernando de Noronha. A família de Santa Cruz do Sul, que ficou por lá durante uma semana, conta aqui como foi essa experiência! 

Conhecer Fernando de Noronha sempre foi um sonho para mim. Por isso decidimos, meu namorado e eu, fazer a viagem em julho deste ano. Faríamos a viagem somente nós dois.

Quatro meses antes comecei a ler sobre o destino, pedi informações a algumas amigas que já tinham visitado a ilha e, enfim, compramos as passagens.

Os voos partem de Recife (PE) ou de Natal (RN). Como sairíamos de Porto Alegre (RS), a melhor opção foi a conexão no aeroporto de Recife. Seguindo a dica de uma amiga, reservamos um quarto na Pousada da Villa, pelo Booking (ótimo custo-benefício: simplicidade, aconchego e ótimo atendimento).

Três semanas antes do embarque, as temperaturas no RS caíram absurdamente, e numa gelada manhã do fim de junho, meu coração de mãe, apesar de todo o frio que fazia, derreteu!!!

Não poderia ir para uma praia paradisíaca e deixar minhas filhas Clara (8 anos) e Helena (6 anos) em casa, congelando. Adivinhem o que eu fiz? Liguei para a pousada: sim, cabiam duas camas extras no nosso quarto (ufa!!!). Liguei para a companhia aérea: ainda consegui passagens para os mesmos voos (e, acreditem, por preços mais em conta do que quatro meses antes).

Dei a notícia a elas. Felicidade total!!! Tudo resolvido?! Mais ou menos, pois todos os sites de turismo que falam sobre Fernando de Noronha NÃO recomendam viajar com crianças para lá… E ainda tinham as Taxas de Preservação Ambiental obrigatórias (R$ 68,74 dia/pessoa, incluindo as crianças), mais os ingressos para o Parque Nacional Marinho (R$ 99,00/adulto; não é obrigatório, mas se não pagar não acessa as melhores praias).

Resultado: embarcamos no dia 19 de julho, levando na bagagem pouquíssimas roupas e muitas expectativas.

Fernando de Noronha é um arquipélago fantástico, situado a uma hora de voo da costa brasileira. Tudo lá é muito rústico, com pouca infraestrutura.

Dica: levar muito protetor solar porque o sol é escaldante, e também muito repelente, pois os mosquitos atacam dia e noite. Uma alternativa são as roupas com proteção UV. Falando em roupas, não há necessidade de muitas roupas, tampouco sapatos. Estilo praia mesmo!

Como ficaríamos sete dias, tínhamos tempo para explorar toda a ilha. No primeiro dia, fizemos um passeio de barco percorrendo a costa do Mar de Dentro (costa virada para o Brasil). Lá pelas tantas, um bando de golfinhos resolveu nos acompanhar. As gurias puderam vê-los bem de perto.

Como o número de pessoas que entra e sai da ilha é controlado, o único lugar tumultuado é no aeroporto. Fora de lá, não há filas, nem “empurra-empurra”. Sem contar a segurança, que é 100%.

A partir do segundo dia, alugamos um buggy, e começamos a conhecer todas as praias. Nem todas elas têm um acesso facilitado. Algumas, como na Baía do Sancho (preferida da Helena), o acesso se dá por escadas de metal, uma de 7 metros e outra de 3 metros, entre paredões de rochas.

Já para a Praia do Porto (preferida da Clara) o acesso é muito fácil, tem cadeira e guarda-sol para alugar (R$ 50,00 por duas cadeiras e um guarda-sol), e pode-se nadar tranquilamente entre as tartarugas e arraias, sem a necessidade de equipamentos aquáticos.

Outras praias fabulosas, que valem o sacrifício do trajeto, são a Baía dos Porcos, a Cacimba do Padre e a Praia do Boldró. Nesta última, todas as segundas e quintas-feiras pela manhã a equipe do Projeto Tamar realiza a captura de tartarugas marinhas para pesquisa. É uma atração imperdível para adultos e crianças.

Como estávamos com as gurias não fizemos a famosa trilha da Atalaia, que leva a umas piscinas naturais (três quilômetros a pé). Importante: estas trilhas guiadas devem ser agendadas na chegada pela alta procura. A nossa data ficou para o último dia na ilha. Já estávamos “cansados” de tantas belezas naturais, queimados do sol, então, acabamos desistindo.

Quanto à alimentação, sugiro tomar muita água sempre. E carregar uma garrafinha extra para as caminhadas maiores. A maioria das praias não tem infraestrutura, portanto é bom se prevenir.

Os restaurantes são caros, mas alguns servem comidas muito boas. Sempre deem preferência para aqueles com o selo “A” da vigilância sanitária.  Os nossos preferidos foram o Varanda, o Zé Maria e a Pizzaria Na Moita. Detalhe: em todos os lugares há muitos gatos, o que para as crianças é uma distração enquanto aguardam o pedido.

Aqui, duas dicas de atividades voltadas para as crianças: visita ao Museu do Tubarão e palestras no Projeto Tamar todas as noites sobre os animais e a vida na ilha. Vale a pena!

Tudo na ilha é fantástico, mas a minha atração preferida foi o pôr do sol no Air France. Todos os dias, ensolarados obviamente, pontualmente às 18h ocorre o pôr do sol mais lindo que eu já vi.

Bom, não conseguimos fazer o mergulho com cilindro como estava planejado inicialmente, pois as gurias teriam que ficar sozinhas no barco. Mas utilizamos bastante a máscara e o snorkel.

A viagem com as crianças não estava nos nossos planos, mas não teria sido perfeita se elas não estivessem junto!

Viajar com crianças exige cuidados. Acesse aqui um texto com orientações do médico Sérgio Knipoff

Meu filho pode usar repelente? Tire suas dúvidas aqui!

Recife e suas praias também é um ótimo destino para curtir com crianças. Neste link contamos sobre nossa experiência na capital pernambucana e em Porto de Galinhas!