Uma trip pela Serra Catarinense – Tem criança na viagem
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Uma trip pela Serra Catarinense
11/11/2024
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Nesse texto vamos falar um pouquinho sobre Urubici, na Serra catarinense, conhecida como uma das cidades mais frias do país.

Estivemos lá entre o final de outubro e início de novembro, num roteiro de quatro dias, de carro, partindo de Porto Alegre.

Optamos por ir e voltar via BR-101: avaliamos segurança da estrada, rodovia duplicada em sua maioria. Isso nos levou a subir e a descer a Serra do Rio do Rastro, aquele trecho icônico de estrada em diversos “S”. Antes de ir passar por esse caminho, porém, dê uma pesquisada especialmente nas condições do tempo. Quando chove muito a estrada fica bem perigosa, e, nos dias mais frios do inverno, uma fina camada de gelo pode cobrir a pista, que precisa ser fechada. Nós não seguimos nossa própria dica e ficamos uma hora parados, no domingo pela manhã, esperando o final de uma prova de ciclismo. Podia ter sido pior: a competição fechou o trecho por CINCO horas.

Uma avaliação nossa sobre a cidade: toda a região tem uma natureza sensacional. É muito mais bonita do que a serra gaúcha, por exemplo. Mas a cidade, o comércio, os moradores, ainda não acordaram totalmente para o turismo. Falta alguma infraestrutura turística, apesar de uma enorme quantidade de pousadas. Há bons restaurantes, mas nada lá é em excesso – o que não deixa de ser bom, também.

Ah, duas dicas: mantenha o carro abastecido (as distâncias são um pouco longas, as estradas que vão para as atrações estão em sua maioria em obras – o que exige paciência para ficar esperando bastante tempo a liberação do fluxo – e a precariedade das estradas de chão batido e pedra obrigam a andar bastante tempo em marcha lenta). A outra dica é: trace as rotas quando for sair do hotel, ou da pousada. Há muitos lugares por lá, muitos mesmo, sem qualquer sinal de internet.

Esse roteiro de quatro dias abarcou várias das principais atrações da região, mas obviamente não todas. O que a gente descobriu, nesses dias, é que tudo o que conhecemos é lindo, bem feito, caprichado. Não é mecânico como numa região extremamente turística. E vale mais algumas visitas por lá.

– Quinta-feira

Depois de procurar bastante, escolhemos uma hospedagem que nos desse tranquilidade, que aceitasse pet e que fosse confortável. Encontramos as Cabanas Cold Montain, que fica na zona rural da cidade, mas pertinho da área urbana. O lugar é novo, bem cuidado, com café da manhã servido na cabana por volta das 7h30min. Cada uma das habitações é bem independente, e com vista incrível. São três andares: o último em algumas (como a nossa) serve como dormitório; em outras, tem uma banheira. As escadas são bem íngremes, então cuidado com crianças, animais e pessoas com mobilidade reduzida.

– Passeamos na cidade e fomos buscar o ingresso para o carro (reservado dias antes pela internet…) na sede do ICM Bio para, no dia seguinte, visitarmos o Parque São Joaquim;

– Após, fomos curtir a região do alto no Morro do Campestre, uma área particular muito linda e bem cuidada, com ótima vista. Lá no alto tem uma pedra furada que rende grandes fotos. São cerca de 150 degraus para chegar lá em cima, então carrinhos de bebê são inviáveis. Na entrada do parque há uma lojinha e restaurante (fechado quando fomos…) muito charmosos. Destaque para o pessoal que trabalha lá, todos muito queridos. Dedique de uma a duas horas, pelo menos, para esse passeio.

Sexta-feira

– Acordamos cedinho e nos tocamos para o Parque São Joaquim, a 50 minutos do Centro de Urubici. Muita natureza, vista deslumbrante, um lugar incrível. Lá está o Cindacta II, da Aeronáutica, que controla todo o espaço aéreo do Sul do Brasil. Neste local foi registrada a menor temperatura da história no país: – 17,7ºC! Vá agasalhado em qualquer estação do ano. Não há banheiros ou outra infraestrutura turística lá no alto. Dedique uma hora para esse passeio.

– A poucos metros do acesso ao parque tem a entrada para outro ponto turístico, também particular: a Cachoeira Véu de Noiva. Assim como os parques da região, o lugar é lindo, bem cuidado, e com vistas incríveis. É possível ver duas cachoeiras de diversos ângulos, e caminhar junto à natureza. Parte do trajeto permite carrinhos de bebê e acessibilidade, mas uma das cachoeiras só é acessada de pertinho após uma descida íngreme de degraus de madeira em meio à mata. O parque conta com restaurante, banheiros e hospedaria. Dedique pelo menos de uma a duas horas para este passeio.

– Pegamos mais uma vez as estradas da região (desgastantes, poeirentas, cheias de buracos e pedras…) que levam aos pontos turísticos para conhecer o parque Mirante Serra do Corvo Branco. Outro parque particular, mas onde é possível perceber um esmero muito grande e o tino turístico dos proprietários – no bom sentido da palavra. Banheiros, áreas de descanso, um ótimo bistrô, lojinha compreendem a infraestrutura, que também conta com um ônibus com áudio guia que leva e busca os visitantes, de 30 em 30 minutos, aos pontos mais lindos do parque.

As principais atrações, claro, são os mirantes de vidro que rendem fotos sensacionais.

Dedique a esse local pelo menos duas horas, mas não será exagero se resolver ficar lá o dia inteiro para relaxar e curtir o visual.

– A entrada desse parque fica em um dos pontos mais icônicos das estradas da região – junto com as já citadas curvas da serra do Rio do Rastro: a estrada que desce no cânion da Serra do Corvo Branco, uma estrada que acaba sendo mais usada para fotografias de turistas do que propriamente para trânsito. Prove o pastel de carne moída e pinhão vendido num food truck das proximidades.

– Jantamos em um restaurante diferenciado, construído ao lado de um riacho, em uma casa antiga: o Montês, delicioso e com ótimo atendimento. Não deixe de provar a truta, peixe de água gelada encontrado naquela região.

Sábado

– Tiramos o sábado para conhecer uma das principais vinícolas catarinenses: a Vinhedos do Monte Agudo, em São Joaquim. Uma degustação ótima, de espumantes e vinhos finos, harmonizou perfeitamente com um almoço de altíssima qualidade. O lugar é lindo, bom para relaxar, olhar as videiras. E, de quebra, comprar alguns dos vinhos.

– Na volta paramos para passear um pouco em São Joaquim e, depois, já em Urubici, encontramos um lugar delicioso, que ocupa um prédio antigo onde no passado funcionou o cinema da cidade: o “Caras do Sítio”, um lugar que produz artesanato, perfumes, velas, comercializa queijos, vinhos, bebidas, roupas… enfim, um apanhado de produtos interessantes da região em um ambiente pra lá de charmoso.

Domingo

– Como a viagem era longa, saímos cedo da cabana e pegamos a estrada. Resolvemos descer a Serra do Rio do Rastro, e nos demos mal: uma prova de ciclismo havia fechado o trânsito. Após a liberação, resolvemos conhecer Nova Veneza, uma cidadezinha sobre a qual havíamos recebido indicação. Resolvemos parar para almoçar e nos surpreendemos: um centrinho turístico lindo, repleto de ótimos restaurantes. Foi uma grata surpresa para encerrar a trip!


Serra  Urubici  Serra catarinense  São Joaquim 
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