Bom, quem vai a Mendoza quer beber vinho, certo? E se levar crianças, faz o quê?
Primeira informação: eles não vendem (e nem os supermercados vendem…) suco de uva. A gente não sabe o motivo, mas DESCONFIA que por lá, por não serem plantadas uvas de mesa, não é produzido suco. Enfim, a Sara queria, mas essa ela não levou.
Com exceção de uma, todas as demais vinícolas que visitamos praticamente ignoram a existência de crianças no planeta. Claro que o público-alvo deles são adultos, especialmente casais, mas achamos que é uma grande falha do turismo naquela região. Afinal, famílias gastam mais do que um adulto ou um casal.
A menção honrosa fica por conta da Finca la Anita, uma bodega localizada no Vale do Uco. Além de oferecerem bicicletas para que os visitantes possam passear pelos vinhedos (o que outras bodegas também fazem, mas nem todas), eles contam com alguns passatempos: Flaflu e outros joguinhos ajudam os pequenos a passar o tempo, assim como dois cachorros super simpáticos que trafegam com desenvoltura em meio às mesas.
A Finca la Anita ficou no nosso coração pelo atendimento, pelo carinho dos funcionários, pelo vinho produzido e pelo almoço. Lugar lindo, aconchegante, de onde a gente trouxe só elogios.
Mas não visitamos apenas essa bodega, e todas nos marcaram positivamente – tanto pelo atendimento, quanto pelos vinhos, pela atenção nas degustações, pelo aprendizado, pela comida. Apenas lamentamos a questão de não serem inclusivas ao público infantil.
A Bodega Renacer foi nossa primeira experiência, em um amanhecer lindo e gelado. A degustação começou às 9h30min – sim, por lá a gente bebe vinho até no café da manhã! Rsrsrsrs A Renacer nos marcou pela experiência olfativa com os vinhos, um aprendizado simples, porém muito eficiente, para quem não é entendedor da bebida.
De lá partimos para a Bodega Tierras Altas, que tem mais jeito de restaurante – porém com vinhos muito bons e funcionários altamente capacitados. O almoço foi delicioso, e provar vinhos de diversos tipos – entre eles os frisantes – foi incrível.
No dia seguinte rumamos à Chandon, uma das marcas de mais conhecidas de espumantes de nós, brasileiros – e que tem uma filial em Garibaldi, na Serra gaúcha. A Chandon é uma ode a uma das bebidas mais surpreendentes – seja por sua história, seja pelo sabor. No espaço da vinícola é possível aproveitar ao ar livre, em mesas espalhadas no gramado, e curtir tudo o que Mendoza e seus vinhos têm a oferecer.
No Vale do Uco fomos conhecer a Bodega El Enemigo, um espaço lindíssimo para confraternizar e beber vinhos, com um jardim e uma horta de temperos lindos.
Também fizemos uma visita guiada e almoçamos na belíssima Bodega La Azul, uma das mais próximas da Cordilheira dos Andes e que também merece uma estrela de destaque pelo atendimento e pela comida, com várias opções (inclusive para crianças) e muito, muito vinho à vontade. A tarde por lá passa devagar e maravilhosa, enquanto, sentados no jardim, é possível ver a noite chegar mirando as mais altas montanhas da América do Sul.