Um pedacinho de mim – Tem criança na viagem
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Um pedacinho de mim
25/08/2019
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Costumo brincar que a Sara é um caso típico de evolução da espécie. Diferente de mim e do pai, veio magra, alta, de cabelo claro e olhos azuis. Jamais imaginava ter um bebê com esse perfil. E, por conta disso, vira e mexe recebo um olhar curioso acompanhado da pergunta: “pra quem puxou???”. Estou sempre pronta para explicar sobre a influência da herança genética, falando do meu avô paterno, que tinha olhos da cor do mar, e da minha sogra, com seu par iluminado – também azuis.

A Sara “chegou chegando” mesmo, contrariando essa e muitas outras expectativas. Pra começo de conversa, nos pegou totalmente de surpresa, no curso de uma gestação saudável e supertranquila. A suspeita é de que eu tenha tido algum tipo de infecção assintomática, o que fez romper a bolsa e provocou um parto prematuro.

Ela nasceu com 33 semanas, quando os pulmões ainda não tinham maturado. Depois do parto, foram 10 dias na UTI neonatal e duas paradas respiratórias. Para nosso desespero, ficamos sabendo que os prematurinhos simplesmente “se esquecem” de respirar. Fiquei dois dias internada para me recuperar da cesariana e no terceiro dia voltei para casa. Voltei de braços vazios…

Deixei no hospital um pedacinho de mim. Um pedacinho que fazia uma falta imensurável, tanto emocional quanto fisicamente. Precisei esperar dez dias para pegar minha bebê no colo pela primeira vez, para aconchega-la no peito e para sentir seu coração pulsando como se fosse um a extensão do meu corpo. E quando esse momento chegou… Aaaah, quanta felicidade. Eu finalmente estava completa.

Na UTI a gente vive “a conta-gotas”, com medo, sem saber como será o dia de amanhã e ansioso pela alta. Alimentação em seringas, com doses de mililitros, ganho de peso medido em unidades de gramas, e por aí vai. Cada evolução, por menor que seja, é comemorada como uma vitória. É preciso ter paciência, muita paciência.

Nossa pequena chegou impondo seu ritmo e nos acordou para uma grande lição: viva um dia de cada vez. E mais: não se estresse e não se cobre tanto. Mostrou que não temos o total controle das nossas vidas. O universo sempre se encarrega de fazer a sua parte, trazendo dores que certamente não estão nos seus planos. Mas também proporcionando alegrias que não estão nos seus sonhos mais encantados.

Acredito que são os filhos que vêm ao mundo para nos ensinar – e não o inverso. Por isso, meu amor, neste Dia das Mães eu só tenho a agradecer por teres me escolhido. Sete aninhos se passaram e já foram tantas as coisas que aprendi com a maternidade, em uma linda jornada de autoconhecimento, tentando me tornar um ser humano um pouco melhor.

Obrigada por ser a minha luz, a minha guia nesta viagem maluca chamada vida. Sou muito mais feliz porque “Tem Criança nesta Viagem”.

Crédito da foto: papai Emilio Rotta
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