O Beto Carrero World, em Santa Catarina, no sul do Brasil, é um dos principais parques temáticos do país. E foi para lá que o empresário Cristian Lima foi com a filha, Sara, nas férias de inverno de 2013. Ele, que mora em Lajeado, conta aqui a história desta viagem.
Na época a Sara tinha 8 anos e decidimos que faríamos uma viagem juntos. Viagem, não: com o pai, é sempre uma aventura!
Bom, pelo menos sempre é esse o meu objetivo quando estou com minhas filhas: transformar a vida delas em uma aventura! E, no sul do Brasil, um dos melhores lugares para aventuras radicais com crianças é o Beto Carrero World, em Piçarras, Santa Catarina.
Como é necessário pelo menos 1,20m para entrar na maioria dos brinquedos do parque, isso impediu a participação da minha filha mais nova, Mariá – a “Iaiá”, para os mais próximos. Com apenas 4 aninhos não poderia brincar no parque.
No dia 7 de julho, eu, Sara e a Pulga – uma pequena Yorkshire que viveu em minha família por 9 anos e era a maior parceira para viagens de longa distância – partimos para Santa Catarina. Pulga ia nos meus ombros e, de tempos em tempos, mudava de posição, compartilhando refeições e ajudando a me manter acordado.
Saímos de madrugada devido a viagem ser longa para a Sara. Deste modo, ela dormiria boa parte do caminho e eu fugiria do trânsito mais pesado.
Nosso destino era o apartamento dos meus pais em Itapema, cerca de 50 quilômetros antes de Piçarras. É uma praia de incrível beleza e que eles escolheram para morar quando o meu velho se aposentou.
No dia seguinte acordamos às 5h da manhã com aquele frio na barriga para chegar logo e brincar até não aguentar mais! Começamos com Ilha dos Piratas, andamos no barco e visitamos o bar pirata e também o barco do Cap Flick. É pirata pra caramba, né?
De lá fomos na primeira montanha russa, “a pequena” de três montanhas russas do parque, a Tigor Mountain, só pra aquecer os motores. Dali passamos por várias outras atrações muito legais, como tirar fotos com os personagens dos filmes Madagascar e Shrek, e o zoológico onde a Sara pôde andar de pônei, o que deixou ela eufórica! Teleférico, roda gigante e por aí vai!
No final do 1º dia descobrimos as montanhas russas “Star Mountain” e a “Fire Whip”, que são a “média” e a “grande” do parque, respectivamente.
A Sara, muito “corajosa”, teve que ir quase arrastada na primeira volta na Star Mountain. Essa tem dois loopings e já é maior que a maioria das montanhas russas que temos acesso em parques itinerantes que passam pelas nossas cidades. Na primeira volta a Sara estava “grudada” nas proteções do carrinho e com uma cara de apavorada, mas depois que acabou ainda andamos mais três vezes antes de encarar a Fire Whip. Depois destas três voltas, a Sara, já mais confiante, estava com as mãos para cima e gritando “Quero mais! Quero mais!” 😀
Aí veio o ponto alto do parque, a Fire Whip (Chicote de Fogo) é a montanha-russa mais radical do Beto Carrero World. É a primeira montanha-russa invertida do Brasil: o trilho fica sobre a sua cabeça e seus pés ficam literalmente pendurados. Uma verdadeira sensação de voo sobre lagos e cachoeiras – 700 metros de muita adrenalina, quase 100km/hora, cinco loopings e 4,5 vezes a força da gravidade. E como se isso tudo não bastasse, fizemos questão de irmos na primeira fila. Adrenalina pura!!!
No 2º dia tiramos o dia inteiro para repetir os melhores brinquedos vááárias vezes. Não dá pra deixar de citar a atração baseada na franquia de filmes Velozes e Furiosos. É um show de perícia de dublês em motos e carros em alta velocidade fazendo acrobacias e perseguições de tirar o fôlego. Não dá pra perder!
Ainda tínhamos mais alguns dias para aproveitar antes de a Sara ter que voltar para o Rio Grande do Sul devido a compromissos com a equipe de patinação que ela fazia parte. Curtimos a praia com o vovô Claudionor, jogamos bola, passeamos com a Pulga…
Enfim, momentos que não voltarão mas que marcaram muito nossas vidas, não só pelo ineditismo de irmos em um grande parque temático, mas também por reforçar os laços de nossa amizade entre pai e filha.