A trader de câmbio Mayumi Mafra Messias é blogueira do Mala Pronta e Pé na Tábua, um blog de viagens. Junto com o marido, o engenheiro civil Rafael Friedrich, e a filhota Giovana, de dois anos e três meses, foram para Bariloche, na Argentina, em agosto de 2016.
De todas as viagens que fizemos com a nossa filha, Giovana, acho que a mais aventureira foi para Bariloche, na Argentina. Ir para lá com crianças maiores não é tão inusitado e é super legal, principalmente porque normalmente é a primeira vez que as crianças veem neve, e a empolgação é enorme.
Mas nós fomos com um bebê de 1 ano e 3 meses, e isso causou uma certa polêmica nas pessoas ao nosso redor. Como que nós, pais responsáveis, iríamos colocar um bebê na neve, naquele frio!? Todo mundo dizia que ela iria ficar doente, que iria pegar gripe, que éramos loucos, etc…
Mas nós não desistimos da nossa ideia, pois tínhamos os seguintes argumentos:
Enfim, fomos e não nos arrependemos. Pelo contrário, amamos ter escolhido este destino! Confesso que eu, tendo que cuidar da Gigi, não consegui aproveitar muito para esquiar ou fazer snow board, mas só as paisagens fantásticas já teriam feito a viagem valer a pena. E ainda ver a Gigi descobrindo novas sensações, pegando e lambendo gelo, se encantando com bonecos de neve, fez a viagem ser mais que especial!
Um item indispensável na minha opinião para qualquer viagem com bebês, mas principalmente nesta, é o canguru (ou sling, mas aqui achei mais prático o canguru mesmo). Além de ter sido ótimo para carregá-la nas caminhadas e passeios, ele foi um item muito importante na segurança.
Digo isso pois os teleféricos para subir nas montanhas são um tanto quanto inseguros, sem cinto de segurança, e seria impossível para um bebê sentar seguramente. Assim, eu a colocava no canguru e subíamos grudadinhas. Além disso, ele foi útil para fazermos o skibunda juntas. Assim ela também se divertiu bastante.
Uma coisa que passei um pouco de trabalho foi que a cidade não parece muito preparada para receber bebês. Em quase nenhum dos banheiros que fui tinha trocador, e muitas vezes tive que me virar com cueiros no chão mesmo, o que não era muito higiênico e minhas costas reclamavam bastante. Mas no mais, foi tudo bem e não posso reclamar.
Quase todos os passeios que fizemos foram contratados no hotel onde nos hospedamos e ofereciam transporte ida e volta, normalmente em van ou ônibus, o que facilitou bastante também: não tivemos que ficar andando muito no frio com ela.
Sobre aluguel de roupas, que é um aspecto da viagem que gera bastante dúvidas, achei que seria difícil achar o tamanho dela para alugar lá em Bariloche. Havia pesquisado que os preços eram um pouco salgados, então comprei um agasalho impermeável aqui mesmo no Brasil, e levei bastante roupa para botar por baixo (meia calça, blusinhas segunda pele, blusas tipo Fleece, blusas de lã…). Só aluguei a bota para neve, que é indispensável para não molhar o pé, e como não iríamos mais usar depois da viagem, achei que valeria a pena alugar.
Cerro Piedras Blancas – Onde se faz o famoso skibunda. Achei o melhor parque para crianças, pois como é especial para esta modalidade, ele é todo voltado para os pequenos. Duração do passeio: meio dia.
Cerro Catedral – Onde se faz esqui e snow board. Tem como contratar instrutores para dar aulas, e tem umas pistas pequenas para iniciantes e para crianças também. Mas vale a pena subir até o final do Cerro, pois a vista é de tirar o fôlego. Duração do passeio: um dia inteiro.
Isla Victoria e Bosque de los Arrayanes – Um passeio de barco até esta ilha, onde a natureza é linda e a paisagem fantástica, e o bosque que inspirou Walt Disney a criar o desenho Bambi. O ponto alto do passeio foi quando a Giovana se encantou com as gaivotas que vinham comer na mão dos passageiros do barco. Duração do passeio: meio dia.
Circuito Chico – Um mini tour de van pelos lugares mais turísticos da cidade. Vale a pena fazer para entender como funciona Bariloche. Em uma das paradas sobe-se o Cerro Campanário, um cerro dentro da cidade que tem uma vista incrível. O café que fica lá no alto é super aconchegante. Duração do passeio: meio dia.
Cerro Otto – Outro cerro que fica dentro da cidade. Este é o único que o teleférico é uma cabine bem bonitinha. Lá em cima tem o café giratório que também é super legal! E serve uma sopinha de abóbora que a Gigi amou… Duração do passeio: meio dia.
Enfim, dá para ir para Bariloche com bebês sim, e aproveitar muito! Amamos a viagem e recomendamos para todos os papais viajantes junto com seus viajantes mirins!
Quer saber mais sobre Bariloche? A família Mazzei também viajou para lá e contou para a gente aqui.