Em agosto do ano passado (2016), o arquiteto Alexandre Kipper Mazzei, de Lajeado, foi com a família para um dos mais belos lugares da América do Sul: Bariloche, na Argentina. Ele e a mulher, a contadora Carla Quiotti Mazzei, contam os cuidados que tiveram para passear pele neve com os filhos pequenos: Benício, 7 meses, e Bernardo, 4 anos.
Começamos a programar a viagem seis meses antes. Nosso roteiro era para conhecer alguns pontos turísticos, mas principalmente esquiar. Decidimos alugar um apartamento e um carro para facilitar o deslocamento com o carrinho do Benício e o trenó do Bernardo. Então, vai a primeira dica: alugue um carro. Você terá muito mais liberdade de horário e possibilidade de parar em qualquer lugar para apreciar a paisagem, que é maravilhosa.
Pegamos o carro no aeroporto. Já havia feito a reserva pela internet: é tranquilo e funciona bem. E aí vai outra dica: ao locar o carro é importante ter a cadeirinha para as crianças. Se for para regiões com neve, solicite garras de aço ou correntes para os pneus do veículo – você vai notar a diferença quando trafegar no asfalto congelado.
O apartamento que ficamos também foi reservado pela internet, no Airbnb – site super seguro e que funciona muito bem. Esse apartamento tinha serviço de faxina de dois em dois dias e no edifício havia uma lavanderia coletiva. Tudo muito prático.
Vivíamos o dia a dia dos argentinos: mercado, padaria, cafés. Mas também visitamos cinco cervejarias artesanais das mais de dez existentes em Bariloche. Todas possuíam restaurantes com variedade de pratos característicos da região.
Vale a pena visitar Cerro Oto, Cerro Viejo, Cerro Campanário, Centro Cívico (centro de Bariloche), Rua Mitre e as inúmeras lojas de chocolates com fabricação própria. Recomendo conhecer o Museu do Chocolate, que pertence à tradicional fábrica Havanna, além das lojas diversas, e o Cerro Catedral, que é o maior complexo de esportes de neve do local. Lá há uma grande variedade de pistas para iniciantes e profissionais.
Voltando às crianças, e falando em roupa: com o Bernardo foi tranquilo, mas para o Benício, que era pequeno e não caminhava, tivemos o cuidado de comprar uma roupa tipo macacão térmico à prova d´água, com fecho único, pois todos os lugares fechados possuem sistema de calefação. Isso faz com que você acabe tirando grande parte da roupa mais pesada, ficando às vezes com apenas uma blusa de manga longa. Com o Bernardo a maior preocupação era com os pés: compramos uma meia térmica, específica para baixas temperaturas. Ele também usava calça e camisa térmica, que auxiliam na transpiração e não ficam úmidas.
Para o carrinho do Benício levamos junto uma capa transparente que solucionou o problema dos dias de neve e vento – muito importante ter.
Os restaurantes que visitamos possuíam estrutura boa para receber as crianças, inclusive com cardápios específicos e local para brincar e desenhar.
A viagem valeu muito a pena e foi muito tranquila. Ficamos uma semana e não tivemos nenhum tipo de problema de saúde com as crianças. Um dos cuidados que tivemos foi o de constantemente colocar spray no nariz por causa do ar seco.
Quanto ao voo, na decolagem: o Bernardo mascava um chiclete, e o Benício tomava mamadeira ou suco. Isso ajuda a evitar a pressão nos ouvidos.
A viagem de “teste” com os pequenos deu muito certo!